Charcos com Vida
Os charcos não são poças de água suja! São pequenas massas de água, permanentes ou temporárias, cruciais para a preservação dos ecossistemas. Infelizmente, nos séculos passados o Homem empreendeu uma luta contra os charcos, aterrando-os e eliminando-os para construir ou agricultar, reduzindo, assim, a biodiversidade dos ecossistemas. Atualmente, cerca de um terço dos anfíbios estão ameaçados de extinção, extinção esta a que a eliminação dos charcos não é alheia.
Os textos que se seguem, neste Dia Mundial das Zonas Húmidas, são da autoria do Cibio (Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto), no âmbito da campanha "Charcos com Vida", que muito têm feito no sentido da informação e preservação dos charcos e dos anfíbios.
"Para comemorar o Dia Mundial das Zonas Húmidas, o projecto Charcos com Vida lançou um poster sobre a Biodiversidade destes importantes habitats aquáticos. Este poster (tamanho 50x70cm, papel reciclado), com ilustração de Marcos Oliveira , será distribuído gratuitamente para todas as entidades inscritas no projecto e poderá ser adquirido por 2€ + portes de envio (geral@charcoscomvida.org).
Em simultâneo publicamos hoje no site do projecto uma animação desta imagem com informação sobre a biodiversidade ilustrada."
Visitem: www.charcoscomvida.org/biodiversidade/a-vida-de-um-charco
"O que é um charco?
Os charcos são massas de água parada ou de corrente muito reduzida, de carácter permanente ou temporário, de tamanho superior a uma poça (pequena massa de água efémera, que normalmente é possível atravessar com um só passo) e inferior a um lago (massa de água com mais de 1 hectare (ha.) de superfície e uma profundidade que permite a sua estratificação). A duração dos charcos pode ser muito variável consoante o clima e a geologia do local, mas para os objectivos deste projecto considera-se que deverão ter uma duração mínima de quatro meses.
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Os charcos são ecossistemas frágeis e instáveis, uma vez que, devido às suas reduzidas dimensões e volume de água, pequenas alterações do meio ou do regime de chuvas podem originar grandes flutuações ou mudanças ecológicas.

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Devido à sua fragilidade, singularidade e riqueza ecológica, os charcos temporários mediterrânicos estão inscritos no Anexo I da Directiva Habitats como habitats prioritários em termos de conservação (habitat 3170), o que proíbe por lei a sua destruição e exige a designação de Zonas Especiais de Conservação (ZEC) para garantir a sua preservação. Apesar disso, a realidade mostra uma regressão generalizada destes habitats em toda a bacia mediterrânica. "
Ha muitos anos, teria eu uns 13 ou 14 anos, passava sempre por um pequeno charco quando ia e vinha da doutrina. Nem sei se era um charco porque era bem pequeno, mas tinha muita vida, essencialmente rãs e girinos. Também tinha outros animais principalmente aves mas o que me lembro mais era as rãs. Eu gostava de ficar ali algum tempo a observar aquilo mas um dia o charco foi destruído. Ficava num sitio privado. Ainda hoje recordo esse charco que foi das minhas primeiras experiências com a natureza.
ResponderEliminarOlá Bruno
ResponderEliminarTambém eu tenho recordações (de há muitos anos) de passar e ficar a olhar para os charcos a pulular de vida, com os seus alfaiates, girinos, rãs e uma panóplia de outros seres. Mas foram desaparecendo, desaparecendo... felizmente que há quem se dedique a tentar recuperar e informar sobre a sua importância, a ver se deixam de os "aterrar" com terra , alcatrão, cimento ou lixo!
Obrigada e uma boa semana
Boa tarde
ResponderEliminarManuel Araújo
Precisava se me pudesse informar via email, se existe alguma legislação sobre jurisdição de charcos localizados, em propriedade privada nas zonas rurais á beira e ou confinante com a via pública, a quem compete a preservação do mesmo, relativo a limpeza, tratamento da vegetação, corte dos canaviais que eventualmente estejam a prejudicar e sem alguma vedação de proteção sobre a via pública.
Cumprimentos
João Manuel
camjoao@gmail.com
Boa tarde
ResponderEliminarAveriguando e pesquisando cheguei a conclusão:
CHARCO - São leitos/ massas de águas paradas, poderá considerar-se linha de água e de Recurso Hídrico, estando abrangido pelo DL/54/2005 (que estabelece a titularidade dos recursos hídricos) alterado pela lei da água através do DL/130/12, em zonas abrangidas pelo perímetro urbano, os particulares carecem de autorização das autarquias no caso de necessidade de intervenção dos charcos, relativo a limpeza, tratamento da vegetação, corte dos canaviais, iclui aterros ou movimentação de terras do mesmo, fora do perímetro urbano carecem de autorização da “APA” – Agência Portuguesa do Ambiente.
Cumprimentos
João Manuel
Boa noite João Manuel
EliminarMuito obrigada pela disponibilização da informação.
Cumprimentos