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As plantas podem ajudar-nos (por Stefano Mancuso)

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« A defesa das florestas deveria ser o tema de um acordo internacional que vinculasse o maior número de Estados possível - sobretudo aqueles no interior dos quais se encontram as principais reservas do planeta - para a completa intangibilidade das mesmas. Da funcionalidade residual destes ecossistemas, repito, depende a nossa sobrevivência.  Sem um número suficiente de florestas não existe nenhuma possibilidade real de inverter a tendência de crescimento de CO2. A deflorestação deveria ser considerada um crime contra a humanidade e punida em conformidade . Porque é exatamente disso que se trata.  A intangibilidade das florestas e a manutenção da sua vida, assim como a obrigação de manter intactos solo, ar e água, deveriam ter lugar na Constituição de todos os Estados, e não apenas na nossa Constituição da Nação das Plantas. Dever-se-ia ensinar às crianças nas escolas e aos adultos em todos os outros locais que a nossa única possibilidade de sobrevivência depende das plantas....

A Nação das Plantas, de Stefano Mancuso

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  « Um planeta verde por via da vegetação, branco por via das nuvens e azul por via da água. Estas três cores, que são a assinatura do nosso planeta, por um ou outro motivo, não existiriam sem as plantas. São estas que tornam a Terra aquilo que conhecemos dela. Sem as plantas, o nosso planeta assemelhar-se-ia muito às imagens que possuímos de Marte ou de Vénus: uma esfera estéril de rocha. No entanto, conhecemos muito pouco ou quase nada destes seres que representam a quase totalidade do que vive, que literalmente formaram o nosso planeta, e dos quais todos os animais – obviamente, homens incluídos – dependem. É um grande problema, que nos impede de compreender o quão importantes são as plantas para a vida na Terra e para a nossa própria, mais imediata, sobrevivência. Ao percepcionarmos as plantas como algo mais próximo do mundo inorgânico do que da plena vida, cometemos um erro fundamental de perspectiva, que nos poderá custar caro. Para tentar remediar a escassa consciência que t...

A inteligência das plantas

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« Qualquer organização que confia a poucos a função de decidir por muitos está inevitavelmente condenada a fracassar, especialmente num mundo que exige acima de tudo soluções diferentes e inovadoras. O futuro não terá alternativa a não ser a de incorporar a metáfora vegetal. As sociedades que no passado se desenvolveram por meio de uma rígida divisão funcional do trabalho e de uma estrutura hierárquica férrea deverão no futuro estar ao mesmo tempo ancoradas no território e descentradas, delegando o poder de decisão e as funções de comando às várias células do seu próprio corpo, passando de pirâmides a redes distribuídas horizontalmente.  A revolução está em curso, ainda que não nos apercebamos dela .»   Esta é a transcrição de um pequeno extrato do livro  A  Revolução das Plantas ,  c omo a inteligência vegetal está a inventar o futuro do planeta e da humanidade (2017)  de Stefano Mancuso , e recomendo a leitura a qualquer pessoa (ler excerto...

As ditas "infestantes" e os herbicidas

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Na sequência do documentário " A inteligência das árvores ", estou a ler o livro de  Stefano Mancuso  com o título " A revolução das plantas ". Centeio ( Secale ereale ), daqui Stefano Mancuso é um biólogo italiano, investigador na área da Neurobiologia Vegetal, professor na Universidade de Florença, e autor de bestsellers de divulgação científica. Ainda não acabei de ler o livro, e conto voltar a falar do mesmo aqui no blogue, face ao tema interessantíssimo, ao fabuloso conteúdo e à linguagem muito acessível.  Se quiser saber do que trata desde já, leia uma parte disponível aqui . Mas por agora, e porque plantas "infestantes" e herbicidas são temas frequentes neste blogue, vou transcrever um pequeno texto do livro sobre estes temas. O excerto segue-se a uma parte onde o autor explica como o centeio surgiu como cultura há milhares de anos, depois de aparecer como "infestante" de culturas de trigo e de cevada. " Se a hist...