Uma mensagem inspiradora de Duane Elgin sobre a nossa vontade e capacidade de escolher o futuro. Com mais de 30 anos, o texto extraído do livro "Simplicidade Voluntária", editado pela primeira vez em 1981, é agora ainda mais atual:
«A escolha do nosso futuro
Três grandes alternativas estão diante de nós - o colapso, a estagnação e a transformação.
Atualmente, elas se sobrepõem umas às outras, mas irão separar-se, cada vez mais, à medida que caminharmos para o futuro. A dimensão das mudanças que estão ocorrendo são extraordinárias. Como 'icebergs' gigantes, que se desprendem de seus antigos blocos de gelo originais e começam a flutuar livremente pela primeira vez em centenas ou mesmo milhares de anos, civilizações inteiras estão se desagregando, movendo-se e mudando. Iniciamos um processo de transição que se desloca de uma escala individual para uma escala global.
Não estamos sozinhos nesta época de mudanças. Todas as pessoas que encontramos estão de alguma forma envolvidas em suas batalhas pessoais, procurando reagir a este tempo de desafios. Quaisquer que sejam as diferenças entre nós, somos todos participantes deste ritual histórico de passagem.
Como indivíduos, não estamos indefesos diante dessa mudança monumental. Oportunidades de uma ação significativa e considerável estão por toda parte: os alimentos que comemos, o trabalho que realizamos, os meios de transporte que utilizamos, o modo pelo qual nos relacionamos com outras pessoas, as roupas que usamos, os conhecimentos que adquirimos, as causas humanitárias que apoiamos, o nível de atenção que dedicamos, em cada momento, à nossa passagem pela vida, e assim por diante. A lista é interminável, uma vez que a matéria-prima da transformação social é idêntica àquela com a qual a nossa vida diária é construída.
Cada um de nós é responsável pela maneira como conduz sua própria vida - e cada um de nós é um ser único. Portanto, somos os únicos responsáveis pelas nossas ações e escolhas neste período crucial da evolução humana. Ninguém pode tomar o nosso lugar. Cada um de nós contribui de forma singular para a teia da vida. "Ninguém pode fazê-lo por nós. Nossa participação é diferente de todas as outras e aquilo que retemos ou nos negamos a dar é insubstituível.
Acima de tudo, os resultados desta época de transição planetária irão depender das opções que fizermos com indivíduos. Não existem precondições para a escolha de um caminho revitalizador de desenvolvimento da civilização. Nada está faltando. Nada mais é necessário, além daquilo que já temos. Não precisamos de tecnologias diferentes que ainda que ainda estão por ser descobertas. Não necessitamos de lideranças heróicas, maiores do que o próprio homem. Nossa 'única' necessidade é optar, como indivíduos, por um futuro revitalizante e, depois, agir em comunhão com os outros para fazê-lo frutificar.
Por meio de nossas escolhas conscientes, podemos passar da alienação para a ação conjunta, do desespero para a criatividade, da passividade para a participação, da estagnação para o aprendizado, do cinismo para o interesse pelas outras pessoas. Tendemos a pensar que somos fracos, indefesos, impotentes. Contudo, na realidade, somente nós - como indivíduos, trabalhando em cooperação uns com os outros - temos o poder de transformar a situação atual. Longe de estarmos indefesos, somos a única fonte da qual podem emergir a necessária criatividade, compaixão e determinação. A época do desafio já chegou até nós. O outono da era industrial do desenvolvimento já se transformou em inverno. É tempo de começarmos o próximo estágio de nossa jornada."»
"Uma mensagem inspiradora" Achas? Parece-me que não surtiu grande efeito! Tem 30 anos e o buraco está cada vez mais fundo e o "Universo" local cada vez mais morto!
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Olá Manuela!
ResponderEliminar"Uma mensagem inspiradora" Achas? Parece-me que não surtiu grande efeito! Tem 30 anos e o buraco está cada vez mais fundo e o "Universo" local cada vez mais morto!
Mais uma...
Abr
VOZ