Nós e os outros (das relações e das diferenças)
Este post está preparado há um ano em meio (desde 10/09/2015), na altura não o achei oportuno ou teria outras coisas para publicar, e acabei por esquecer-me dele. Hoje fui ver os "rascunhos" (posts inacabados, 27), encontrei-o e achei que estava na hora de o publicar.
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Imagem daqui |
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1. "A minha cara metade", por Raquel Varela, 05/04/2014
(imagem obtida aqui) |
Todos estes comportamentos têm em comum o desenvolvimento incipiente do superego, do não saber estar na pele do outro, do não querer estar na pele do outro – o outro, diria um humorista, “nunca ouvi falar desse”. É um comportamento para-sociopata, de gente que não consegue sair de si e acha que os outros são instrumentais ao seu bem-estar. É uma esmagadora ausência de resistência à frustração, um imediatismo de prazer quase animal (não socializado, portanto).
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Piadas sérias à parte, o tema é grave. Os outros não são o preenchimento do nosso vazio, as relações são relações, de discordância, de debate, de diferença. O mundo está difícil. É aliás um barco a caminho do precipício, onde há uns tipos no convés e a maioria no porão. Mas desengane-se quem acha que vai ficar à tona – olhem para 1939-1945! Todos nos vamos afundar se não reagirmos organizadamente. Mas para reagir organizadamente temos que ser livres, e só há liberdade na diferença, na discordância, temos que re-aprender a viver com os outros na sua complexidade, na sua surpresa, e sobretudo com aquilo que é distinto de nós. Não precisamos de caras metades. Precisamos de gente inteira. »
Fonte: https://raquelcardeiravarela.wordpress.com/2015/04/05/a-minha-cara-metade/
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2. "Aprenda a discordar usando a lógica do papel higiénico", por Wagner Brenner, 14/11/2013
(imagem obtida aqui) |
“Como vocês acham que o papel higiénico deve ser colocado?”
E nos 50 minutos seguintes, os alunos naturalmente começam a avaliar os MOTIVOS para suas respostas e acabam chegando sozinhos a questões sociais muito maiores como:
- diferenças de papéis sociais entre homens e mulheres
- diferenças entre comportamentos públicos e privados
- diferenças entre classes sociais
- etc
Sozinhos, começaram a raciocinar e perceberam correlações e fatos. E, principalmente, começaram a argumentar.
No dia-a-dia, quase nunca fazemos isso. Geralmente, tomamos um partido e passamos a defendê-lo de forma passional, enxergando só o que nos interessa.
Somos bons de discutir, mas ruins para argumentar. Piores ainda para mudar de ideia.»
Fonte: http://www.updateordie.com/2013/11/14/aprenda-a-discordar-usando-papel-higienico/
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«Vídeo de esclarecimentos para pessoas que só sabem pensar em sistema binário e raciocínio de manada, e ficam tentando "enquadrar" meus pensamentos em ideologias. »
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=UoZ_X8a47Oc
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E para rematar, enquanto andamos entretidos com superficialidades, estamos bastante presos numas relações de que nem nos apercebemos, mas que nos dominam...
... de um velho parceiro das andanças da blogosfera:
4. Entreter para Dominar…, por Voz a 0 db, 09/12/2014
«Continuem então ENTRETIDOS… OS DONOS agradecem ;-) »
Fonte: https://taawaciclos.wordpress.com/2014/12/09/639/
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Olá!
ResponderEliminarE como se vê por aí... Distracção MATA!
E não apenas a distracção provocada pela ofuscação que os novos calhaus espertos causam no animal humano!
Somos velhos e continuamos a debitar a mesma INALTERADA MENSAGEM... Isto é sinal de que?
Abraço velhota parceira ihih
voza0db
4.
ResponderEliminarLançar a suspeição sem fundamentar também motiva generalizações superficiais e comportamentos de manada, e já constitui também entretenimento. O artigo acabou por gerar uma contradição.
As generalizações e comportamentos de manada, com as devidas excepções, podem ser úteis e são inevitáveis, uma vez que não podemos experimentar e aprender tudo por nós próprios.
4.
ResponderEliminarEste teu comentário deixa algo de superficial no ar...
Qual suspeição sem fundamento é que necessitas que alguém fundamente?