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A Nação das Plantas, de Stefano Mancuso

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  « Um planeta verde por via da vegetação, branco por via das nuvens e azul por via da água. Estas três cores, que são a assinatura do nosso planeta, por um ou outro motivo, não existiriam sem as plantas. São estas que tornam a Terra aquilo que conhecemos dela. Sem as plantas, o nosso planeta assemelhar-se-ia muito às imagens que possuímos de Marte ou de Vénus: uma esfera estéril de rocha. No entanto, conhecemos muito pouco ou quase nada destes seres que representam a quase totalidade do que vive, que literalmente formaram o nosso planeta, e dos quais todos os animais – obviamente, homens incluídos – dependem. É um grande problema, que nos impede de compreender o quão importantes são as plantas para a vida na Terra e para a nossa própria, mais imediata, sobrevivência. Ao percepcionarmos as plantas como algo mais próximo do mundo inorgânico do que da plena vida, cometemos um erro fundamental de perspectiva, que nos poderá custar caro. Para tentar remediar a escassa consciência que t...

Dia da Sobrecarga do Planeta - Portugal, 2025

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Dia da Sobrecarga do Planeta - dia do ano em que esgotamos os recursos que deviam dar para o ano inteiro, o dia em que passamos a viver a crédito às gerações futuras. Em Portugal, este ano foi no dia 5 de maio, 23 dias antes de 2024. Num país pequeno, supostamente informado e com a população mais ou menos estável, isto é incompreensível! Algo está muito mal quando sabemos o que temos de fazer - consumir menos - e fazemos o contrário! #diadasobrecarga #pegadaecologica #portugal No site da ZERO pode entender melhor este conceito do Dia da Sobrecarga da Terra e do conceito relacionado, a Pegada Ecológica. De lá, transcrevemos uma parte: « A origem do problema De uma forma global o nosso modelo de produção e consumo que suporta o nosso estilo de vida é responsável por este desequilíbrio. O consumo de alimentos (30% da pegada global do país) e a mobilidade (18%) encontram-se entre as atividades humanas diárias que mais contribuem para a Pegada Ecológica de Portugal e constituem assim...

ÁGUA É AMOR (Water is Love) - a não perder

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O belíssimo filme ÁGUA É AMOR:  Ondas de Regeneração,  realizado e produzido por apenas 5 pessoas: Ludwig Schramm, Rosa Pannitschka, Isabel Rosa, Emily Coralyne Bishop e Martin Winecki, está desde 22 de abril de 2025, Dia da Terra, disponível para visualização online .  O documentário foi exibido em fevereiro no Parque da Devesa ,  em Vila Nova de Famalicão, estando presente Isabel Rosa, umas das 5 pessoas que fizeram este filme maravilhoso e inspirador, em que parte da ação se passa na comunidade de Tamera, no Alentejo, em Portugal. « "Água é Amor” segue um grupo de jovens que lutam contra a crise climática enquanto viajamos pelo mundo para partilhar histórias inspiradoras de design de ecossistemas regenerativos para criar retenção de água em comunidades, aldeias e regiões.​ Aborda o conhecimento ecológico tradicional, como a água produz o clima e a importância de restaurar ciclos hídricos completos. Através de histórias inspiradoras de projetos de sucesso na Índia,...

Herbicida nas margens de linhas de água - como???

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Já muitas vezes se falou de herbicidas, designadamente do glifosato , neste blogue.  Falou-se de contaminação de produtos alimentares com herbicidas, falou-se da sua presença no sangue humano (inclusive no meu, que fiz a análise 2 vezes), no seu uso nos caminhos, mas nunca se falou de uma utilização que não lembra ao diabo - nas margens de linha de água. Sou contra a utilização dos herbicidas químicos de síntese na agricultura e na nos caminhos, mas, embora não concorde, pelo menos percebo porque é que as pessoas o usam. Agora, utilizar precisamente na margem da linha de água, sinceramente, ultrapassa a minha compreensão. O local é na União de Freguesias de Seide, concelho de Vila Nova de Famalicão, os terrenos pertencem muito provavelmente a particulares, e  esta triste cena acontece há vários anos, na Primavera. A linha de água é a ribeira de Gerém, que vem da freguesia de Requião, onde nasci, e vai desaguar no rio Pele, que por sua vez desagua do rio Ave.  Uma bela pai...

O que há neste lugar? - Natureza, capital natural e restauro ecológico

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« O que há neste lugar? é um ciclo de encontros no espaço fAUNA, inserido no meio da natureza e regido pelos ciclos naturais que atravessam as estações do ano. Tal como o espaço se transforma ao longo do tempo, também esta programação se constrói em ciclos, cruzando arte, pensamento e investigação. Promovido pelo Teatro da Didascália, cada encontro convida um/a especialista a explorar a relação entre natureza, cultura e sustentabilidade, através de conversas abertas e da observação. O objetivo é estimular um olhar mais atento sobre o mundo que nos rodeia, refletindo sobre temas ligados à ecologia, ciência e arte. O segundo encontro de " O que há neste lugar?” – Natureza, capital natural e restauro ecológico abordará os benefícios diretos e indiretos que a natureza nos proporciona, influenciando o nosso bem-estar. É reconhecendo o valor desse capital natural e investindo em práticas de restauro ecológico que podemos garantir um futuro mais sustentável para as próximas gerações. Co...

3-30-300

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Á𝗿𝘃𝗼𝗿𝗲𝘀 𝗻𝗮 𝗰𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲- 𝗮 𝗿𝗲𝗴𝗿𝗮 𝗱𝗼𝘀 𝟯-𝟯𝟬-𝟯𝟬𝟬: 𝟯 - Qualquer habitante da cidade deve poder ver pelo menos 𝟯 árvores grandes de uma janela de sua casa; 𝟯𝟬 - Em todos os bairros da cidade deve haver pelo menos 𝟯𝟬% de cobertura de copa das árvores; 𝟯𝟬𝟬 - Todas as habitações devem estar a uma distância de no máximo 𝟯𝟬𝟬 metros de um parque ou espaço verde com pelo menos um hectare (mais ou menos a área de um campo de futebol). « Este é o Princípio 3+30+300 - uma estrutura simples, mas poderosa, para construir cidades mais saudáveis, resilientes ao clima e mais habitáveis. Desenvolvido pelo especialista em silvicultura urbana Cecil Konijnendijk, este princípio é apoiado pela investigação e já molda as políticas urbanas em todo o mundo. 🌍 Porque é que 3+30+300 importa? Os benefícios das árvores urbanas e dos espaços verdes são profundos: ✅ Saúde mental e bem-estar: só o facto de ver árvores pode reduzir o stress e melhorar o foco. ✅ Resiliência climática: a...

E lá vão 16 voltas ao sol

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E já lá vão 16 anos desde que este blogue começou.   Nestas 16 voltas ao sol, muita coisa mudou, os blogues foram substituídos pelas redes sociais, a leitura pausada foi substituída pelas imagens, vídeos curtos ou frases únicas... pois o tempo, tal como a água,  parece ser algo cada vez mais escasso.... e cada vez mais desperdiçado.  E por falar em tempo e em água, deixo-vos uma foto de hoje do local a que dedico grande parte do meu tempo: o Parque da Devesa em Vila Nova de Famalicão Quanto ao  blogue Sustentabilidade é Acção, até hoje, foram 1558 mensagens publicadas  1.882.600 visitas, das quais 67,6 mil no último ano.  O declínio é inevitável, como mostra o gráfico abaixo, mas mesmo assim este último ano teve mais visitas que no penúltimo, e, digamos, uma média de 185 visitas por dia não é assim tão mau. Por isso, agradeço a quem aqui vem parar, de algum modo, e por aqui fica mais do que um segundo, MUITO OBRIGADA. Manuela Araújo

Imersão na Devesa - "Forest Bathing" em Famalicão

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Depois do sucesso da experiência em "Forest Bathing*" em maio de 2024, o Município de Vila Nova de Famalicão, através da equipa do Parque da Devesa, apresenta o projeto IMERSÃO NA DEVESA, que pretende proporcionar experiências imersivas e de comunhão com a natureza no Parque da Devesa.  Engloba a realização de sessões de Imersão na Floresta abertas ao público, bem como a organização de uma ação de formação teórico-prática para monitores de "Forest Bathing*".  Com o especialista em Forest Bathing Carlo Bifulco. IMERSÃO NA FLORESTA Imersão na Floresta ou "Forest Bathing*" é muito mais que um passeio pela natureza. Derivado do termo Shinrin-Yoku, em japonês 森林浴, baseia-se numa prática de imersão na natureza, que tem como intuito atingir o equilíbrio físico e mental através de uma relação próxima com a mesma. Diversos estudos e investigações, realizados um pouco por todo mundo (em especial no Japão), demonstram os benefícios desta prática para a saúde humana, ...

SE (IF, de Rudyard Kipling)

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« Se és capaz de manter tua calma, quando, todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa. De crer em ti quando estão todos duvidando, e para esses no entanto achar uma desculpa. Se és capaz de esperar sem te desesperares, ou, enganado, não mentir ao mentiroso, Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares, e não parecer bom demais, nem pretensioso. Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires, de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores. Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo, conseguires, tratar da mesma forma a esses dois impostores. Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas, em armadilhas as verdades que disseste E as coisas, por que deste a vida estraçalhadas, e refazê-las com o bem pouco que te reste. Se és capaz de arriscar numa única parada, tudo quanto ganhaste em toda a tua vida. E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada, resignado, tornar ao ponto de partida. De forçar coração, nervos, músculos, tudo, a dar seja o que for que neles ainda existe. E a persistir assim...

Ikea, O Caçador de Árvores

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Ikea, O Caçador de Árvores : Este documentário acompanhou e investigou durante mais de um ano a cadeia de produção da gigante do mobiliário.  Um documentário a não perder,  apropriado para o dia de loucura consumista que é o "black friday". " A cada 5 segundos, uma estante BILLY é vendida. Mas os números surpreendentes da marca sueca têm um custo: dependem da exploração descontrolada da madeira e do trabalho humano. Este documentário acompanhou e investigou durante mais de um ano a cadeia de produção da gigante do mobiliário que gerou uma receita de 44,6 mil milhões de euros em 2022 e atrai mais de 5 mil milhões de visitantes às suas lojas e website todos os anos. Das florestas boreais da Suécia, às plantações brasileiras e às costas da Nova Zelândia, descobriram como a IKEA explora intensamente a madeira em todo o mundo, alimenta o tráfico ilegal deste recurso e ameaça as últimas preciosas florestas europeias. Há muito esquecido, o abate intensivo está agora a provocar ...