Dia da Sobrecarga do Planeta - Portugal, 2025

Dia da Sobrecarga do Planeta - dia do ano em que esgotamos os recursos que deviam dar para o ano inteiro, o dia em que passamos a viver a crédito às gerações futuras.


Em Portugal, este ano foi no dia 5 de maio, 23 dias antes de 2024. Num país pequeno, supostamente informado e com a população mais ou menos estável, isto é incompreensível!
Algo está muito mal quando sabemos o que temos de fazer - consumir menos - e fazemos o contrário!




No site da ZERO pode entender melhor este conceito do Dia da Sobrecarga da Terra e do conceito relacionado, a Pegada Ecológica. De lá, transcrevemos uma parte:

«A origem do problema De uma forma global o nosso modelo de produção e consumo que suporta o nosso estilo de vida é responsável por este desequilíbrio. O consumo de alimentos (30% da pegada global do país) e a mobilidade (18%) encontram-se entre as atividades humanas diárias que mais contribuem para a Pegada Ecológica de Portugal e constituem assim pontos críticos para intervenções de mitigação da Pegada. Como reduzir a dívida ambiental Portuguesa (e de todos nós) Existem medidas e ações que podem e devem ser implementadas para começar a inverter a tendência de antecipação do dia no ano em que Portugal tem de começar a usar o cartão de crédito ambiental, entre elas: Apostar numa agricultura promotora da soberania alimentar que aposte na produção de alimentos de qualidade; no aumento da produção de proteína vegetal – leguminosas -, na preservação dos solos, na redução da poluição e do uso de água e que promova a valorização de serviços de ecossistema.
Aproveitar o potencial de redução de deslocações e viagens (em particular as feitas por avião) através do teletrabalho e da realização de eventos habitualmente presenciais, em formato virtual. Investir de forma decisiva na criação de infraestrutura que permita uma muito mais significativa utilização de modos suaves de transporte, em particular incentivando o uso da bicicleta e eventualmente combinados com o transporte público.
Regulamentar para que os produtos colocados no mercado sejam sustentáveis. Por exemplo, implementar normas de durabilidade, garantias do direito a reparar e atualizar, de reutilização e reciclabilidade. Já estão a ser dados alguns passos neste sentido (com aprovação de legislação pela EU), mas agora é fundamental a sua implementação e fazer com que impacte na vida das pessoas e na economia Portuguesa.
E onde é que cada um de nós pode fazer a diferença?
Reduzir a presença de proteína animal na alimentação: os dados para Portugal indicam que cada português consome cerca de três vezes a proteína animal que é preconizado na roda dos alimentos, metade dos vegetais, um quarto das leguminosas e dois terços das frutas. Aproximar a nossa dieta à roda dos alimentos reduz, de forma significativa, o impacto ambiental associado à alimentação e é mais saudável.
Movimentarmo-nos de forma sustentável: privilegiar os transportes coletivos, andar de bicicleta, a pé, e claro, reduzir ou eliminar mesmo as viagens de avião substituindo nomeadamente as reuniões por videoconferência.
Consumir de forma mais circular: é fundamental mudar o paradigma de “usar e deitar fora”, muito assente na reciclagem, incineração e deposição em aterro, para um paradigma de “ter menos, mas de melhor qualidade”, com um forte enfoque na redução, reutilização, troca, compra em segunda mão e reparação.»


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