O último segundo
Em Dezembro de 2009 foi aqui publicado o trailer do documentário The 11th Hour, em Portugal traduzido para A 11ª Hora, no Brasil para A Última Hora. O filme, que foi lançado nos cinemas em 2007, passou em 2009 na RTP2 e em Janeiro passado na RTP1. Para quem não viu ou quer rever, fica aqui a primeira parte da versão dobrada em português (Brasil) que está actualmente disponível no Youtube, e a ligação para as outras em 8 partes.
"Um impressionante testemunho do quanto as atividades humanos estão a contribuir para alterar o clima do planeta. Produzido e narrado por Leonardo Di Caprio, conta com a participação e o testemunho de dezenas de conceituados cientistas nesta luta pelo restabelecimento do equilíbrio da relação entre a humanidade e os ecossistemas. o documentário mostra os desastres naturais causados pela humanidade e mostra o que pode ser feito para reverter os problemas, entrevistando mais de 50 pessoas, como o cientista Stephen Hawking e o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev." Fonte: RTP
Se se comprimisse a história da Terra (4,56 mil milhões de anos até hoje) num só ano, com a formação do planeta no dia 1 de Janeiro, as primeiras formas de vida terão surgido em Março, os primeiros animais em meados de Novembro, e os primeiros hominídeos já na noite do dia 31 de Dezembro. Nessa escala, a nossa espécie terá aparecido no último minuto, e a era industrial no último segundo do dia 31 de Dezembro. Muito se "evoluiu" e muito se estragou nesse último segundo!
Olá Isabel. Hoje não vou deixar comentário, pois mandei-lhe via e-mail um texto de António Bras Constante que, com aquela ironia que lhe é caracteristica nos dá mais um alerta sobre os perigos da nossa constante interferência no nosso planeta. Beijinhos e um bom fim de semana
ResponderEliminarEmília
As Armas do Amor
ResponderEliminarComposição: Sérgio Godinho
Desarmem
os campos minados da ignorância
onde se infiltra friamente
o preconceito, esse sim, fatal, letal, brutal
e não há senso que lhe valha
o preconceito desempalha
animais incongruentes
atacando pela trilha
de uma ilha outrora virgem
Aparência da virtude
O preconceito nunca falha
flecha certeira
na esteira
da inocência
aparência de virtude
E por mais que se escude
na justificação pseudo-ética
cosmética, caquética
do seu valor de guardião das morais
vitais pra lá do ano 2000
o preconceito não tem estado civil
é casado com a morte
divorciado da vida
é viúvo de si mesmo
é solteiro e por junto separado
suicida
Desarmem o preconceito!
Desarmem
as metralhadoras côr-de-cinza
que defendem
a condescendência
cautelosa, lacrimosa
das decisões oficiais
carimbadas despachadas
e só por isso legais
mas que vão milhas atrás
das atrozes realidades
que o corpo grita
e a alma berra
A condescendência não desferra
No cofre forte onde se encerra
a planificação ponderada
de um problema complexo
há soluções de fachada
2 mil mortos perfilados na parada
há palestras sobre sexo
é um problema complexo
nosso dano se ninguém resolve nada
ano após ano
2 mil mortos perfilados na parada
1 por ano
nossa escada em caracol para o nirvana
Desarmem a condescendência!
Armem por favor as armas do amor
Desarmem
a pose altiva
emproada gargalhada
que veste a incompetência
incipiência
disfarçada de suma
sabedoria
quem diria
quem diria que debaixo de uma
só alegoria
tanto exemplo existiria
Exemplos de incompetência
são aos montes, são às serras
impossíveis de escalar
passos vãos, inúteis guerras
A incompetência é incapaz de se olhar
o cadáver inocente
é olhado pelo soldado incontinente
pelo menos é um olhar
a incompetência, nem pensar
nem pensar
em juntar o resultado à vontade
o sonhado
à realidade
e do real
partir para a utopia
menos mal
assim seria
menos mal
Desarmem a incompetência!
Desculpe, Manuela, mas esqueci de lhe dar os parabéns pelos 2 anos de blog e pelo bom uso que lhe tem dado, alertando-nos para os cuidados que temos de ter com o nosso planeta. Muito obrigada e um grande beijinho
ResponderEliminarEmília
Emília
ResponderEliminarAgradeço-lhe triplamente: por vir aqui comentar, por se lembrar dos parabéns pelos dois anos do blogue, não faz mal ser atrasado, e por me ter enviado já dois excelentes textos do António Brás Constante. Não lhe agradeci ainda o e-mail porque ainda não o li com a atenção merecida, o que tenciono fazer em breve.
MUITO OBRIGADA e um abraço :)
Ana Teresa
ResponderEliminarMuito obrigada pelo poema do Sérgio Godinho.
Vamos lá a desarmar a incompetência, o preconceito e a condescendência!!!