Fraldas reutilizáveis - porque não?
As fraldas descartáveis são hoje um dos grandes grupos de resíduos urbanos que não são nem reutilizáveis nem recicláveis. Em Portugal, representam 5% do lixo urbano (dados de 2010). São, por isso, um problema ambiental, cujo único R dos 3R aplicável é o R de reduzir!
«No que se refere às fraldas descartáveis usadas, estes resíduos de origem predominantemente urbana e produzidos hoje em dia em larga escala, assumem, face às suas características de utilização, um fator significativo que determina que seja refletida a decisão quanto ao seu destino final. Efetivamente, o atual destino dado a estes resíduos é a sua eliminação, quer em aterro quer por valorização energética, pelo que um potencial encaminhamento para reciclagem implicaria o estabelecimento de regras e de fatores a considerar numa gestão específica.»
Fonte: APA - Agência Portuguesa do Ambiente
Há cerca de 30 anos, as fraldas descartáveis eram quase inexistentes em Portugal. O conforto de utilização que trouxeram - sobretudo evitando a lavagem - levou rapidamente ao quase desparecimento da tradicional fralda de pano.
Mas hoje já existem fraldas reutizáveis de grande conforto de utilização para o bebé e facilmente laváveis, que ficam mais económicas para os pais e para o ambiente. E bonitas!
Mas hoje já existem fraldas reutizáveis de grande conforto de utilização para o bebé e facilmente laváveis, que ficam mais económicas para os pais e para o ambiente. E bonitas!
Como exemplo, apresento um marca de fraldas fabricadas em Portugal. As palavras a seguir (e todas as imagens) são de Patrícia Sampaio, que me enviou um email a apresentar este produto, e que com muito gosto divulgo, pois trata-se de um produto muito menos prejudicial ao ambiente que as fraldas descartáveis. Além disso são fabricadas aqui do Minho, mais propriamente em Guimarães.
«“KINGS of my CASTLE” é uma marca portuguesa de lãs, fraldas reutilizáveis a acessórios de bebé, regida por três ideias-chave: sustentabilidade, bem-estar e economia.
A “Kings of my Castle” rege-se segundo três ideias chave:
1 – Sustentabilidade – Como as fraldas são reutilizáveis, a produção de lixo e o desperdício causado pelo uso de fraldas nos bebés diminui drasticamente comparativamente com as fraldas descartáveis. Os materiais que constituem as fraldas são biodegradáveis ao contrário da maioria das fraldas descartáveis.
2 - Bem-estar – Através do uso de fibras de origem vegetal como o algodão, o bambu e o cânhamo, a pele do bebé fica menos sujeita a assaduras e dermatites, pois estes materiais permitem que a pele do bebé respire.
Felizmente já existem muitas outras marcas de fraldas reutilizáveis. E há sempre a alternativa à moda antiga, das fraldas que eram apenas um quadrado de pano. Quem tem filhos pequenos, e se preocupa com o planeta que vai deixar para eles, pelo menos experimente - a espécie humana sobreviveu bem sem fraldas descartáveis até há 30 anos!
"... a espécie humana sobreviveu bem sem fraldas descartáveis até há 30 anos!" eheh mas não era a mesma coisa!
ResponderEliminarÉ como com os telefones espertos e agora com os carros de condução autónoma! Sobrevivemos até agora sem eles, MAS AGORA...
Quanto às fraldas! Algodão (orgânico tornará o negócio sem grande futuro!)
Bambu! Lá se vão as florestas de bambu!
Cânhamo! Idem...
Em frente é a destruição!
Abr
voza0db
Bom dia,
EliminarO algodão usado nestas fraldas é orgânico e o bambu é uma planta com um crescimento inacreditável, cuja transformação é mais sustentável que a do algodão, por exemplo, ou qualquer produção de plástico.
Temos mesmo de ser nós a pensar no futuro do nosso Planeta.
Cumprimentos.
Boa noite,
EliminarClaramente não compreendeu o meu pequeno comentário, o que é perfeitamente natural... pois não gosto muito de escrever e como tal tenho sempre a tendência para poupar nas letras e a mensagem fica um pouco difícil de percepcionar!
Se o algodão usado é orgânico então o limite à quantidade produzida é inevitável, e como tal será sempre um produto dirigido a nichos de mercado capitalista e assim sendo o seu impacto a nível Global será ~ZERO!
Quanto ao bambu, já era conhecedor das suas qualidades, e novamente quando o referi foi na perspectiva de produção em massa destas fraldas reutilizáveis!
Mas o mais irónico, e com tal o mais divertido, é que nas regiões onde nascem mais animais humanos o uso deste tipo de utensílio é inexistente ou simplesmente residual!
Assim sendo mesmo que todos os países da Europa e os EUA começassem, por algum milagre económico, a utilizar estas fraldas, nem assim o futuro seria diferente!
Presumo que saiba o que significa o FUTURO.
Agradeço a troca de pensamento, por aqui é raro existir tal interacção.
E pronto, lá tive de gastar mais letras!
Abraço
voza0db
Boa noite. Voza0db
EliminarQual é a tua sugestão, então?
Bom domingo
Olá Manuela...
EliminarSabes bem que não dou sugestões! É a coisa mais idiota que se pode fazer nos dias actuais.
Cada animal, eu incluído, deve fazer aquilo que acha que deve fazer.
Posso apenas referir o que penso sobre qual a única solução viável para este desequilíbrio... Deixo aqui!
Infelizmente, até hoje, ninguém conseguiu argumentar por forma a demonstrar que existe outra solução viável.
E por falar em consumo/desperdício!
Mais uma constatação da REALIDADE.
Como é evidente, a tal da "solução" é típica do animal umano!
Ver aqui
P.T.: isto dos comentários ficarem retidos para aprovação quebra a natureza do diálogo!
Abr
Fica bem.
As fraldas reutilizáveis trouxeram uma poupança muito grande ao meu orçamento familiar. O nascimento de um filho acarreta grandes despesas e estas fraldas permitiram suavizar esse impacto. Quando estava grávida tomei conhecimento da ideia e fez-me um pouco de confusão. “E o cocó? O que faço com o cocó?” – Pensei na altura. Após um mês do nascimento da minha filha vi que as fraldas descartáveis não eram solução. 10 fraldas por dia produzem muito lixo. Mesmo muito lixo. E não é degradável. Foi então que eu e o meu marido decidimos aderir ao mundo das fraldas reutilizáveis. Adoramos a ideia. Afinal o cocó é só cocó. A máquina de lavar faz maravilhas! No entanto, este conceito está muito pouco divulgado em Portugal, por isso acho que este artigo vem abrir a mente a muitos papás e mamãs. A opção de materiais respiráveis traz um conforto para a pele do bebé que só quem experimenta é que sabe o bem que faz. Só quem vê um rabinho de um bebé assado, todo vermelho, quase em carne viva é que sabe o problema que é uma fralda feita com plástico e químicos.
ResponderEliminarO blogue está de parabéns.
Boa noite, Patrícia
EliminarMuito obrigada. espero que mais pessoas otpem por fraldas reutilizáveis em vez das descartáveis, se o fizerem, haverá seguramente menos lixo e menos consumo de recursos.
Continuação de bom trabalho!