Nós e a crise
Sobre as alterações climáticas, a crise climática e ambiental em que vivemos, apresenta-se abaixo um dos vídeos da Conferência "A crise climática: como lhe estamos a responder?" organizada pelo jornal Público no seu 32º aniversário. Trata-se do painel sobre a forma como a sociedade portuguesa vê o problema (Nós e a crise climática", na qual o filósofo Viriato Soromenho-Marques é o keynote speaker (aos min 15-46).
Imagem do vídeo |
Viriato Soromenho-Marques alerta para o grave estado atual da crise climática e ambiental, que tem as seguintes características:
- dimensão planetária- irreversibilidade- aceleração cumulativa- descontrolo crescente- entropia e complexidade- natureza ontológica e estrutural
Apesar de a conferência ter sido organizada antes, ela ocorre (inícios de março 2022) numa altura em que a Rússia invade a Ucrânia e paira no ar ameaça de uma terceira guerra mundial.
A caraterização da crise climática e ambiental acima configura-se como algo de intransponível e irresolúvel, sendo nós, humanos, pequenos demais para a resolver (mas não fomos pequenos para a criar).
Com a atual situação de guerra, e as implicações sociais e económicas resultantes, todos esses fatores, já de si dificilmente superáveis, serão agravados, e a aceleração será inevitavelmente e descontroladamente acelerada.
Parafraseando Viriato Soromenho-Marques, sem pessimismos nem otimismos supérfluos, resta-nos fazermos o nosso melhor, por nós, pelos outros, pela regeneração do que resta da natureza, dando crédito às palavras sábias e esperançosas com que termina a apresentação:
«A realidade é muito mais rica do que a nossa representação, e como é referido no Fausto de Goethe: "Cinzenta, caro amigo, é toda teoria, verdejante e dourada é a árvore da vida!"»
Fausto, era um optimista
ResponderEliminar(amanhã, irei ver
o tanto
que tenho
estado a perder)