Tempo de Transição
O texto que se segue é um extracto da mensagem de Luís Queirós do passado dia 4 de Abril no blogue Transição. Aconselho a que leiam o texto integral no original, aqui.
«Tempo de Angústia e de Incerteza, Tempo de Transição
Vivem-se tempos de angústia e de incerteza no nosso país, mas também um pouco por toda a parte. É a crise económica, o aquecimento global, os desastres ambientais, a crise energética, a globalização, as assimetrias regionais, os conflitos latentes, o terrorismo ou a, sempre presente, ameaça nuclear. São contingências universais mas que na aldeia global afectam potencialmente todas as pessoas e todos os lugares, mesmo os mais isolados e remotos. E, o pior de tudo, é esta espiral de pobreza que paira sobre nós como uma espada afiada e que ameaça, por longo tempo, o nosso futuro.
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O que está verdadeiramente em causa é o modelo - predador de recursos e poluidor - em que assenta a nossa economia, e que já não funciona. Falam-nos de crescimento como a solução de todos os problemas a começar pelo desemprego, e nós sentimos que estamos a tocar o céu, a atingir um limite para lá do qual já não se pode crescer: falta o espaço vital, faltam os recursos, sobra a população e sobra a poluição.
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E parece que nem sequer existe o outro lado da crise! Os acontecimentos das últimas décadas roubaram-nos a esperança no chamado modelo socialista, que alimentou os sonhos da juventude da minha geração. Acabou a crença nos “amanhãs que cantam”, e está definitivamente desacreditado o modelo de "a cada um segundo as suas necessidades, de cada um segundo as suas capacidades".
Hoje só nos resta o estreito caminho da Transição, que é uma reaproximação à natureza, e uma nova forma de olhar o mundo, menos consumista e mais solidária. »
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O que está verdadeiramente em causa é o modelo - predador de recursos e poluidor - em que assenta a nossa economia, e que já não funciona. Falam-nos de crescimento como a solução de todos os problemas a começar pelo desemprego, e nós sentimos que estamos a tocar o céu, a atingir um limite para lá do qual já não se pode crescer: falta o espaço vital, faltam os recursos, sobra a população e sobra a poluição.
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E parece que nem sequer existe o outro lado da crise! Os acontecimentos das últimas décadas roubaram-nos a esperança no chamado modelo socialista, que alimentou os sonhos da juventude da minha geração. Acabou a crença nos “amanhãs que cantam”, e está definitivamente desacreditado o modelo de "a cada um segundo as suas necessidades, de cada um segundo as suas capacidades".
Hoje só nos resta o estreito caminho da Transição, que é uma reaproximação à natureza, e uma nova forma de olhar o mundo, menos consumista e mais solidária. »
Sobre a Transição, conhece a rede em Portugal? Se não, espreite em Transição e Permacultura Portugal.
E como completa hoje um ano desde o primeiro colóquio sobre Transição em Portugal, no qual tive muito gosto de participar, ficam aqui os meus parabéns ao João Leitão que o organizou e que criou a rede acima referida, a todos os que participaram no colóquio, e a todos os que estão em Transição. Bem hajam.
E como completa hoje um ano desde o primeiro colóquio sobre Transição em Portugal, no qual tive muito gosto de participar, ficam aqui os meus parabéns ao João Leitão que o organizou e que criou a rede acima referida, a todos os que participaram no colóquio, e a todos os que estão em Transição. Bem hajam.
Manuela: Obrigado pela divulgação. Um forte abraço.
ResponderEliminarLuís Queirós
Caro Luís, eu é que agradeço poder publicar aqui o seu excelente texto, por coincidência exactamente um ano depois de nos termos conhecido no Colóquio sobre Transição em Pombal :)
ResponderEliminarUm abraço e uma boa semana
Se pensarmos bem, percebemos facilmente como a publicidade e a sua eficácia tem uma grande influência no galopar desta situação, e na credibilidade que auferiu este sistema económico. Seria uma medida positiva para se fazer a transição: Responsabilizar quem regula os conteúdos televisivos e proibir a publicidade que por sugestão fez a lavagem cerebral de mais de meio mundo.
ResponderEliminarLi alguns dos teus posts que ainda não tinha visto e de facto só nos resta uma solução; mudar de atitude face aos problemas actuais; não há outra saída.Como dizia alguém ( não me lembro o nome ) não se faz nada sem uma boa matéria prima; nós somos a matéria prima do nosso país e do mundo; há que mudar, há que ser mais conscienciosos na maneira como usamos os recursos que estão à nossa disposição. Um beijinho, Manuela e tenha uma boa semana
ResponderEliminarEmília
E a Transição torna-se dada vez mais urgente!
ResponderEliminarObrigada por me teres dado a conhecer a Transição e espero em breve estar mais do que em transição para a Transição! ;-)
Que hajam sempre almas boas como as vossas, Luís e Manuela, que dão de si próprios para nos acordar a todos!
Boa semana!
Nela, se ainda não viste isto, dá Aqui uma espreitadela. Como vamos fazer parar uma ditadura imposta por aqueles que não dão a cara?! Como eu sempre disse, os políticos são os capatazes destes tipos!
ResponderEliminarAinda bem que és optimista, pois eu não estou a ver como se vai mudar este paradigma de desigualdes, a alastrar a toda a velocidade ao Velho Continente. Nem com planos óptimos de transição... a permacultura vai ser uma forma apenas de alguns não passarem fome... e depois será o êxodo do betão para o campo e emigração, se tal for possível... não sei que irá acontecer, mas imagino!...
Oficina do Alfredo, nem imagina o quanto gosto do seu comentário... espero que como eu, não tenha TV... :) A arma mais poderosa do mundo! Com isso não me apanham.
ResponderEliminarProibir a publicidade?! Então acha que as corporações, vão destruir a sua própria arma?
Se proibissem a publicidade o Sr. Luís Queirós ia perder muitos clientes. Eu faço a minha, em conversa nas feiras com as pessoas cara à cara, e aqui na net, sou eu, que aproveito madeiras que fábricas deitam fora, aproveito tudo que seja usado para usar o mínimo de matéria-prima nova, depois faço os brinquedos, depois vou vende-los e faço a minha publicidade. Por acaso temos televisão em casa, mas temos livros também, e eu sou mais amigo deles. Bem escolhidos tá claro, pois como dizia Lucrécio: “O dinheiro que se gasta com os estudos, que é o mais bem utilizado, é tanto mais racional quanto mais moderado for. É preferível que escolhas poucos autores e te entregues a esses, do que adquirir muitos livros que durante uma vida, de muitos deles apenas se lê os índices. Livros devemos tê-los o quanto seja suficiente mas nunca por ostentação.”
ResponderEliminaros melhores cumprimentos Fada do Bosque
Já somos dois a gostar de bons livros e a utilizar o mínimo de matéria prima! Está a ver como ainda há pessoas sensatas? é o nosso caso.
ResponderEliminarQuanto à TV... hum... cuidado com as mensagens subliminares.
Parabéns pelo seu trabalho, do qual gostei muito! brinquedos artesanais e à moda antiga! Adorei! Por certo até me cruzei consigo em feiras de artesanato...
Páro sempre nesses stands com muita nostalgia e pude oferecer à minha filhota alguns desses brinquedos, quando era pequenita... ela adorava. :)
Os melhores Cumprimentos para si também. :)
Helder, Emília, Sónia e Lena
ResponderEliminarObrigada pelos vossos contributos, pela vossa transição.
Boa semana :)