“Educar para a sustentabilidade”
Extrato do artigo de MARIA ALICE SETUBAL* para a Folha de São Paulo, obtido no blog da Marina:
"Como esperar que os nossos filhos sejam abertos à diversidade, se em casa somos intolerantes?
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O padrão de sociedade que construímos está na raiz de questões com as quais nós, pais e educadores, nos deparamos. Uma sociedade na qual as relações são baseadas em consumo e aparências, afetando o respeito ao outro na sua diferença e a vida do planeta como um todo.
Em uma sociedade em que o consumo é o eixo em torno do qual se desenvolvem toda a economia e os valores, o “ter” se sobrepõe ao “ser” de forma avassaladora. É difícil trilhar um caminho inverso.
Somos valorizados pelo que aparentamos ou temos, o que torna vazias as formas de interação social.
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Como esperar que crianças e jovens sejam solidários e abertos à diversidade cultural e social, se em casa somos intolerantes, preconceituosos e autoritários? Como construir relações sociais mais consistentes e verdadeiras, se incentivamos de forma exagerada nossos filhos a usarem grifes e, sobretudo, valorizamos amizades relacionadas a prestígio e poder?
Vivemos um momento de transição para um paradigma em que a sustentabilidade deve ser o eixo da nova sociedade. E precisamos educar nossos filhos orientados por essa concepção, pois esse será o mundo em que eles irão viver. Um mundo onde a interdependência entre o ser humano e seu entorno, assim como a inter-relação entre o local, o regional e o global são premissas básicas.
Somos cidadãos planetários e por isso o “cuidado”, ao lado do diálogo, da diversidade cultural e da cooperação, passa a ser um valor fundamental em todos os setores: economia, cultura e educação. Precisamos aprender a cuidar de nós mesmos, do outro e do ambiente em que vivemos. A globalização e as novas tecnologias nos conectaram uns aos outros e abriram novas formas de ser, pensar, sentir e agir.

Resta saber se teremos a maturidade e as condições para a construção e a afirmação de novos valores. Papel esse que é de toda a sociedade, mas, sobretudo, é responsabilidade dos pais.
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*Maria Alice Setúbal (Neca Setúbal) é socióloga, doutora em psicologia da educação e mestre em ciência política e presidente da Fundação Tide Setubal e do Cenpec.
Concordo plenamente com seu artigo, só se vêem pessoas falando, falando, falando, o que tem de "grandes conhecedores" no mundo é fantastico, mas alguém que realmente faça algo verdadeiro e real é muito poucos. Precisamos de atos e não de dados apenas.
ResponderEliminarParabens