Sanguinária-do-japão: alerta para uma potente invasora!
Espécie invasoras são espécies (animais ou plantas) não nativas de determinada região, que aí proliferam sem controle e ameaçam as espécies nativas, causando impactes negativos no equilíbrio dos ecossistemas, na saúde e economia humanas (ver no site Invasoras.pt uma descrição mais completa).
Na sessão Ambientar-se de 15 de novembro de 2019, em Vila Nova de Famalicão, o tema foram as Espécies Invasoras, com a apresentação de projetos de combate a estas pragas, designadamente o projeto Life "CAISIE" na Irlanda, numa sessão dinamizada pela Associação Vento Norte e em parceria com o Parque da Devesa (Município V.N. Famalicão).
Na conversa que se seguiu ao documentário, a Arq. Paisagista Paula Graça Antunes, convidada para o debate, apresentou-nos a "Sanguinária-do-japão" a que os ingleses chamam de "Japanese knotweed", e cujo nome científico é Fallopia japonica ou Reynoutria japonica ou Polygonum cuspidatum (ver aqui a ficha do site Invasoras.pt)
A sanguinária-do-japão é uma erva perene que atinge os 3 metros de altura, natural da Ásia (onde se mantém controlada por certas espécies de animais), que cresce descontroladamente na Europa e EUA (até 7 cm por dia), danificando mesmo as construções, desvalorizando terrenos, e de muito difícil a erradicação. Por isso, fica aqui este alerta.
Confesso que, e apesar de ter já uma noção dos impactos que as invasoras têm no nosso território, fiquei assustada com o poder desta planta, que está a prejudicar a economia do Reino Unido e outros países, e que já está a espalhar-se rapidamente no norte de Portugal.
No Reino Unido, estima-se que sejam gastos 165 milhões de libras (perto de 200 milhões de euros) anualmente para a combater esta planta (The Economic Cost of Invasive Non-Native Species
on Great Britain, Nov.2010 - pode descarregar aqui, e daqui).
Em Portugal, apesar de haver cientistas e ambientalistas que se dedicam ao combate das invasoras, a verdade é que não existem políticas, mas os danos económicos existem, e sem nada se fazer cada vez serão maiores.
A Reynoutria japonica:
«Está classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como uma das 100 piores espécies invasoras do mundo.
Seu sistema radicular invasivo e um forte crescimento podem danificar as bases de betão, os edifícios, defesas contra inundações, estradas, pavimentação, muros de contenção e lugares arquitetónicos.
Também pode reduzir a capacidade dos canais nas defesas contra inundações para controlar a água. É um colonizador frequente dos ecossistemas temperados ribeirinhos, bordas de caminhos e lugares de resíduos. Forma grossas e densas colónias que completamente deslocam a outras espécies herbáceas. »
Fonte. Wikipedia
O vídeo publicitário abaixo, de uma empresa escocesa (dedicada ao combate desta planta) mostra um bocado do crescimento e impacto da Sanguinária-do-japão em construções e na paisagem.
Não é brincadeira, as espécies invasoras são uma ameaça real e muito séria, não só para a biodiversidade como para a economia!
Em Portugal, todos conhecem a Vespa-asiática (Vespa velutina) como caso mais mediático, ou, falando de plantas, a Mimosa (Acacia-dealbata), a Austrália (Acacia-melanoxylon), ou a Erva-das-Pampas (Cortaderia selloana) - estão em todo o lado; ou, nos rios e lagoas, o Jacinto-de-água (Eichhornia crassipes); já menos conhecidas são o Espanta-lobos (Ailanthus altissima) ou a Háquea-picante (Hakea sericea)... mas todas elas, e muitas outras, proliferam por Portugal, e o desconhecimento geral da ameaça que representam, é enorme.
Em Portugal, todos conhecem a Vespa-asiática (Vespa velutina) como caso mais mediático, ou, falando de plantas, a Mimosa (Acacia-dealbata), a Austrália (Acacia-melanoxylon), ou a Erva-das-Pampas (Cortaderia selloana) - estão em todo o lado; ou, nos rios e lagoas, o Jacinto-de-água (Eichhornia crassipes); já menos conhecidas são o Espanta-lobos (Ailanthus altissima) ou a Háquea-picante (Hakea sericea)... mas todas elas, e muitas outras, proliferam por Portugal, e o desconhecimento geral da ameaça que representam, é enorme.
Imagem daqui |
Na sessão Ambientar-se de 15 de novembro de 2019, em Vila Nova de Famalicão, o tema foram as Espécies Invasoras, com a apresentação de projetos de combate a estas pragas, designadamente o projeto Life "CAISIE" na Irlanda, numa sessão dinamizada pela Associação Vento Norte e em parceria com o Parque da Devesa (Município V.N. Famalicão).
Na conversa que se seguiu ao documentário, a Arq. Paisagista Paula Graça Antunes, convidada para o debate, apresentou-nos a "Sanguinária-do-japão" a que os ingleses chamam de "Japanese knotweed", e cujo nome científico é Fallopia japonica ou Reynoutria japonica ou Polygonum cuspidatum (ver aqui a ficha do site Invasoras.pt)
Imagem daqui |
Confesso que, e apesar de ter já uma noção dos impactos que as invasoras têm no nosso território, fiquei assustada com o poder desta planta, que está a prejudicar a economia do Reino Unido e outros países, e que já está a espalhar-se rapidamente no norte de Portugal.
No Reino Unido, estima-se que sejam gastos 165 milhões de libras (perto de 200 milhões de euros) anualmente para a combater esta planta (The Economic Cost of Invasive Non-Native Species
on Great Britain, Nov.2010 - pode descarregar aqui, e daqui).
Em Portugal, apesar de haver cientistas e ambientalistas que se dedicam ao combate das invasoras, a verdade é que não existem políticas, mas os danos económicos existem, e sem nada se fazer cada vez serão maiores.
Reynoutria japonica, daqui |
«Está classificada pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) como uma das 100 piores espécies invasoras do mundo.
Seu sistema radicular invasivo e um forte crescimento podem danificar as bases de betão, os edifícios, defesas contra inundações, estradas, pavimentação, muros de contenção e lugares arquitetónicos.
Também pode reduzir a capacidade dos canais nas defesas contra inundações para controlar a água. É um colonizador frequente dos ecossistemas temperados ribeirinhos, bordas de caminhos e lugares de resíduos. Forma grossas e densas colónias que completamente deslocam a outras espécies herbáceas. »
Fonte. Wikipedia
O vídeo publicitário abaixo, de uma empresa escocesa (dedicada ao combate desta planta) mostra um bocado do crescimento e impacto da Sanguinária-do-japão em construções e na paisagem.
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Mensagem publicada originalmente a 22 de novembro de 2019. republicada em 17 de maio de 2023, durante a Semana sobre Espécies Invasoras 2023
#SEI2023
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