Os europeus vão ser impedidos de escolher produtos livres de OGM?
Esta será uma realidade, mas só se cruzarmos os braços. Se resolvermos
enfrentar a situação ainda estamos a tempo de defender o principio da
precaução e o direito de escolha dos consumidores e produtores. Apesar de
tudo a soberania alimentar ainda pode ser resgatada.
Como se chegou aqui? As novas técnicas de edição genética (como a
CRISPR/Cas) criaram uma nova geração de organismos geneticamente
modificados - os Novos OGM que a indústria pretende que não sejam
considerados OGM. Assim deixariam de ser regulados pela legislação da UE
criada para os OGM e, ignorando o parecer do Tribunal de Justiça da UniãoEuropeia, em sentido contrario, continuam a pressionar a CE europeia para a
desregulamentação.
No final de Setembro, a Direção-Geral da Saúde e
Segurança dos Alimentos publicou um texto
explicando
porque é que os Novos OGM não devem ser abrangidos pelas regras da UE para
os OGM.
“Com base em promessas de empresas como a Bayer e a Corteva, a CE
invoca benefícios infundados dizendo que os Novos OGM contribuem para a
redução dos GEE e da aplicação de pesticidas”.
Tudo isto porque o sector da
biotecnologia considera que os Novos OGM, e o patenteamento de genes a eles
associado, são uma área prometedora de negócio da qual querem tiram o
máximo lucro, sem considerar o que está em causa mesmo em termos de redução
drástica da biodiversidade
O
registo de patentes sobre os genes está a aumentar rapidamente, estima-se
que haja já 20 000 registados dos quais 4 000 são humanos. A criação de
bio-mercados
nunca esteve tão próxima e nunca a privatização e mercadorização da vida
foi tão longe.
No entanto se a escravatura, que constituía a base da
economia de altura, foi abolida também é possível impedir estas novas
formas de rentabilizar os seres vivos. Ainda há tempo para mudar de
caminho, mas temos de ser rápidos e empenhados.
Mais informação em:
LEMBRE-SE:
QUEM LUCRA COM OS OGM SÃO APENAS AS EMPRESAS QUE OS PRODUZEM!!!!
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