Negócio sim, mas com respeito!
As modas também se fazem sentir no ecoturismo e nem sempre com os melhores efeitos.
Vem isto a propósito da oferta turística no Cais das Portas do Mar, em Faro, ter aumentado de tal ordem que os barcos já fazem fila para atracar. Passeios ao pôr do Sol com champanhe e frutos do mar, observação de flamingos ou garças, viagens em barcos tradicionais para ver mariscadores, mergulhos na ilha Deserta (na foto, a Praia da Barreta que é onde costumo alapar) ou simplesmente embarcar por 2,5 euros numa espécie de autocarro marítimo para a ilha do Farol são algumas das ofertas turísticas disponíveis a partir de Faro, na ria Formosa.
Temo o pior. Basta conhecer a ilha Deserta e no seu sossego para se ficar receoso dos efeitos deste súbito interesse. Conheço bem a praia que, em pleno mês de Agosto, tenha tanta gente como cabelo de sapo! Quer dizer, tinha … pois com esta novidade que agora descubro, já nem sei que diga.
Espero que prevaleça o bom-senso e o respeito pelo meio ambiente. Por parte dos operadores, nomeadamente na utilização de combustíveis e lubrificantes que minorem os efeitos da poluição, que a bordo não permitam níveis de poluição sonora que perturbem a fauna; quanto aos veraneantes que não se esqueçam, por exemplo, que o lixo é para ser levado e depositado em local próprio e não deixado ao Deus dará.
Porque só o respeito pelo meio ambiente permitirá manter o negócio!
É a lógica do capitalismo predador, que nem sequer se preocupa com a sua própria sustentabilidade.
ResponderEliminarNem mais, meu caro RUI, embora também aqui se possa ponderar a ignorância de muitos que sendo turistas e não viajantes têm aquela lógica de querer ver e ter tudo sem cuidar que outros virão.
ResponderEliminarRecordo-me de, na única viagem que fiz à República Dominicana, numa daquelas célebres excursões que um tipo compra nos hotéis termos parado numa zona afastada da costa cerca de um quilómetro mas onde se podia andar com água pela cintura.
Uma enorme estrela do mar despertou a atenção de quase todos, mas os guias prontamente dissuadiram qualquer veleidade de tocar ou pegar no animal.
E sempre vigilantes quanto ao comportamento menos próprio da turistada.
Já no México achei uma enorme diferença, embora em Xel-Ha e Xcaret (embora aqui menos) fossem evidentes alguns cuidados ambientais. Já no hotel em Akumal onde me alojei, para gaúdio das minhas filhas os peixes andavam ali a nadar com elas e vinham comer-lhe à mão. Mal se entrava na água, eles apareciam pois tinham sido habituados a que lhes dessem de comer.
Isso de falar em praia nesses destinos quentes a um gajo que está num verão a 18º é um bocadinho mauzinho, hum?
ResponderEliminarMas por acaso fizeste uma boa chamada de atenção!
ResponderEliminarSe se invade um espaço natural, no mínimo dos mínimos, deve-se proteger, o mais que se possa, juntar todos os esforços, para não danificar o ecossistema!
Os animais são os mais desprotegidos, seja pela abundância imposta pelo ser humano, seja por qualquer palermice que se lhes possa fazer. Há que os proteger!
Quanto à moda da praia, só me apetece dizer asneiras. Mimetismo, claro!
Mas se vão para a floresta, ateiam um fogo num instante!
Venha o diabo e escolha!... se não defendermos o ambiente em cada gesto que fazemos, além de serem sempre os mesmos a padecer, os inocentes, agora já começa a tocar aos nossos filhos também, de uma forma assustadora
Deixa-me dizer-te RUI, que em relação ao capitalismo predador, tens toda a razão. É contra ele que devemos juntar, todas as nossas forças!
ResponderEliminarOps, desculpa lá RUI, nem me lembrei das agruras climáticas a que te sujeitas por esta altura.
ResponderEliminarDeixa lá, quando regressares melhor te vai saber o primeiro mergulho nas águas lusas; ou numa pipa ...
Menina FADA tá-me lá calada, carago ... uma boa praia, água "caliente" e uns amigos para um tipo jogar uma cartada e uns mergulhos ...
ResponderEliminarMas este safado do QUINN, resolveu fazer inveja, a toda a gente?!
ResponderEliminarHavias de apanhar um escaldão! AHAAHAHAHAHA
Escaldão?
ResponderEliminarTás a mangar, não ó FADA?
Atão não se arranjava uma sombrinha para os jogadores?
Olha que eu muita hora passei na praia de Espinho a bater cartas e a dar mergulhos ... pegava aí às nove da matina e despegava lá para as oito da noite; digo-te que maior parte do povo saia de lá branco de sal!
Como sal?!
ResponderEliminarOu será preto como carvão?
Ai este diabrete!
Sal, da água do mar ... depois, lá debaixo era black!
ResponderEliminarEra tipo o peixe assado em sal?
ResponderEliminarCom carapaça de sal?!
Nem fales nisso ... então se for um robalo de mar assado em cama de sal ...
ResponderEliminarComo diz o Ferreira-Pinto "Espero que prevaleça o bom-senso e o respeito pelo meio ambiente".
ResponderEliminarPois o ecoturismo, sem respeito pelo ambiente, e em massa, é um contra-senso.