China, EUA, e as emissões de gases de estufa

O secretário de Estado britânico para as alterações climáticas, Ed Miliband, esteve esta semana na China, tendo afirmado ao Daily Telegraph que veio optimista e convencido de os chineses estão seriamente empenhados em parar o aquecimento global, e que estão prontos para um acordo em Copenhaga, em Dezembro. (Fontes: Público-Ecosfera, Telegraph-UK)

De acordo com dados do Centro de Análise de Informação sobre o Dióxido de Carbono, EUA, em 2004 os EUA emitiram 20,9% das emissões totais de CO2, e a China 17,3 %; de seguida vem a Rússia com 5,3 %, a Índia com 4,6% e o Japão com 4,3%.
Actualmente, estima-se que os valores de emissões totais anuais da China e dos EUA devem estar próximas.

Em termos de valores acumulados, até hoje, os EUA foram responsáveis por cerca de 30% das emissões totais de gases de estufa.

Em 2004, o valor das emissões de gases de estufa per capita dos EUA (5,6 ton CO2) era o 9º da lista mundial. No topo das emissões per capita vem o Qatar (21,6 ton CO2), seguido do Kuwait (10,1 ton CO2) e do Emiratos Árabes Unidos (9.3 ton CO2) .
As emissões per capita da China são relativamente baixas, e o seu peso no total mundial resulta da sua numerosa população. No entanto, a crescente industrialização da China tem feito aumentar as suas emissões a um ritmo preocupante, de quase 10% ao ano.
(Fonte: Robert Henson - Alterações Climáticas, Rough Guide)
Em relação aos Estados Unidos, um recente relatório da EPA, dá conta de um aumento global das emissões de gases de estufa na ordem dos 17% entre 1990 e 2007. Este aumento está diferenciado por ano e por gás com efeito de estufa na figura ao lado, que consta do dito relatório.
(Fonte: INVENTORY OF U.S. GREENHOUSE GAS EMISSIONS AND SINKS: 1990 – 2007)

Comentários

  1. Pelo que vi no documentário, a única saída, para além das pessoas consumirem menos, seria apostar em força na energia nuclear! Podem ser investimentos inimagináveis, mas se a França conseguiu, com um esforço, todos os países o conseguiriam também! Mas como se sabe, os chamados desenvolvidos, estão mais preocupados em açambarcar os combústíveis fósseis e a água que ainda resta no Mundo, do que própriamente inovar para prevenir o futuro! Enquanto não terminarem essa etapa, não estão dispostos a mais nada...
    Mas aqui a nossa vizinha Espanha já deu o exemplo da nuclear, muito poucos sabem. Pode ser que a crise também venha no sentido de beneficiar o Planeta. -40% na venda de automóveis!...
    Fábricas a fecharem... Ninguém, como eu, também, vê a crise com bons olhos, mexe na "pele" de todos, todos vamos ter de fazer sacrifícios e consumir menos!...
    Resta a esperança que os EUA, assinem o Tratado de Copenhaga. Que a Austrália também reconsidere e que a China e a Índia vejam um pouco mais á frente. Que as alternativas desenvolvam a velocidade cruzeiro.
    Mas eu só acredito nisso quando, o PPS levado a cabo, estiver concluído e na melhor das hipóteses são mais 4 anos!

    Estou inteiramente de acordo com a nuclear, visto as outras energias não serem suficientes!

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  2. A nuclear pode ser uma solução de recurso, mas não é seguramente a melhor: os resíduos são praticamente indestrutíveis, e as reservas, só para as centrais existentes dão para 2 ou três décadas.
    Acho que o melhor será investir fortemente nas renováveis, aumentar a eficiência de equipamentos, edifícios e transportes, e sobretudo, tentar reduzir o consumo - de energia, de água e de coisas.

    Porque a economia tem de mudar de paradigma - não pode o planeta evoluir bem com a sociedade de consumo e com o capitalismo.

    Isto tem de mudar.

    Ver as teorias do economista brasileiro - Ladislau Dowbor, ele e outros estão apontando para uma nova economia mundial, mais justa, mais equilibrada e com menores diferenças entre ricos e pobres.

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  3. Mas penso exactamente isso! A crise mais violenta desde a última grande guerra, está ai, "de pedra e cal"!Será o motor de arranque para uma nova civilização! O meu maior temor, não é em relação aos da nossa geração, mas aos nossos filhos!
    Estarão eles preparados para viver só com o indispensável? Estamos nós a educar e a mostrar o exemplo?
    E passo a citar Nietzch ano 1882:- "A vida da sociedade burguesa é mortal" - "viver de maneira segura é perigoso" - "só os meus futuros leitores, no ano 2000 me compreenderão!".
    Este Homem era um Visionário, não o Anti-Cristo de que foi apelidado!
    Espero com todas as minhas forças, que tais ensinamentos sejam amplamente expandidos! Não só a uma minoria que é letrada, mas a todo o comum cidadão do Mundo!
    Cultivemos o "Espírito" e deixemos em paz tudo aquilo que é substituível! Temos de nos pôr no lugar de espectador cósmico. Temos de ensinar isso aos nossos filhos!

    Quanto á energia nuclear, estou de acordo com os resíduos e os seus contras... mas se todos tivéssemos um comportamento de acordo com a nossa subsistencia, já não me refiro, ao tipo de vida, dos ascetas!!..., Apenas não tentar ter e ser mais que os outros, concerteza que o Planeta nos "perdoaria" e nos "compensaria" de forma exponencial! Teorias?! Veremos o que nos aguarda o Futuro!
    Quando se é espectador cósmico, das duas uma: "Ou nos atiramos ao chão" a rir com a estupidez humana;
    ou temos um choque de tal forma forte, que nos impele a proteger de nós próprios, o Universo. O indivíduo é fundamental neste papel! Ensinemos isto aos nossos filhos! Mas tentemos perceber primeiro!

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